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sábado, 18 de abril de 2009

A HISTÓRIA DA ETIÓPIA




A Etiópia, anteriormente chamada de Abissínia (referência bíblica), é um dos países mais antigos do mundo. Segundo a tradição, a Monarquia etíope é fundada no ano 1000 antes de Cristo por ?, filho do rei Salomão e da rainha de Sabá (Sheba). O cristianismo é introduzido pelos coptas, vindos do Egito, e torna-se religião predominante no século IV. Na Antigüidade, a sociedade organizava-se em vários reinos, dos quais o império axumita é o mais conhecido. A Etiópia resiste à invasão árabe no século VII, à chegada de missionários católicos portugueses no século XV e à tentativa de colonização italiana no século XIX. Por volta do século XIX, havia-se consolidado uma única monarquia, sob o Imperador Menelik I. A partir de 1870, a região passou a ser cobiçada pela Itália, que então procurava juntar-se às demais potências européias na corrida pela repartição da África. Em 1896, os italianos dominaram a parte oriental da região, estabelecendo a colônia da Eritréia. No entanto, não conseguiram conquistar a Etiópia, tendo sido derrotados pelas forças do Imperador Menelik II, na Batalha de Adwa, a primeira e talvez única vitória militar de uma nação africana sobre o colonizador europeu. Do lado esquerdo, cartão-postal que mostra Negus Menelik (Negus Menelik Emperor Abyssinia), Imperador da Abissínia. Do lado direito, cartão-postal de 1899, ilustrado com o Imperador Menelik II e grafia em amárico...

Inteiro postal da Etiópia, com a efígie do Imperador Menelik II. Engraved by E. Mouchon; typographed by Atelier de Fabrication des Timbres, Paris. Impresso em 15/17 de junho de 1896. O leão que aparece no postal, talvez como símbolo de universalidade histórica mas também geográfica, é o Leão de Judá – símbolo do império do Rei dos Reis, o Negus Menelik.

Nota: existem moedas (Krause Catalog) com a efígie de Menelik II (1889-1913?)...
1896 (KM-5): moeda emitida com valor facial em “talari” ou “birr” da Etiópia.
1897 (KM-12): cunhada na cidade de Paris, moeda de prata com valor facial de 1/20 birr.
1897 (KM-?): com valor facial de 1/32 birr, com a imagem do Leão de Judá (Lion of Judah) no reverso.

Abaixo, cédula emitida em 1976, com valor facial de 100 birr (PK-34), que mostra o Imperador Menelik II. Existem outras duas similares: PK-40 (1981) e PK-45 (1991).

Em 1930, Hailé Selassié assumiu o trono etíope, sendo coroado imperador. Sobrinho-neto do imperador Menelik II, Hailé Selassié I (1892-1975) foi o último imperador da Etiópia, reinando entre 1930 a 1974.

Mesmo tendo promulgado a constituição de 1931, manteve o poder nas próprias mãos, defrontando-se logo com nova ofensiva expansionista da Itália... Teve seu país invadido em 1935, pela Itália, tendo por isso que se exilar. Ao contrário da primeira vez, os etíopes não resistiram às tropas (agora de Benito Mussolini) e o país foi ocupado entre 1936 a 1941, tornando-se parte da África Oriental Italiana. O Reino Unido dá asilo a Selassié e envia tropas à Etiópia, expulsando os italianos em 1941 e reconduzindo-o ao trono. Soldados britânicos ficam no país até 1952. De volta ao poder ele promoveu a reconstrução do país, fez a reforma agrária e adotou nova Carta Magna para o ano de 1955, quando reconheceu o sufrágio Universal. Com o apoio dos EUA, aliados de Selassié, a ONU decide a incorporação da Eritréia pela Etiópia, numa federação sob a soberania da Coroa etíope. A Federação da Etiópia e Eritréia, em vigor entre 1952 e 1962, funciona apenas no papel, pois Selassié não admite autonomia e anexa a Eritréia como província etíope. Guerrilheiros eritreus deflagram a luta pela secessão. Selassié empreendeu uma série de reformas para modernizar o Estado, entretanto outro fato, o envolvimento da Etiópia em uma disputa territorial com a Somália, bem como sucessivas revoltas de camponeses, foram desgastando o regime progressivamente. No final dos anos 60, configurava-se quadro de descontentamento generalizado, alimentado por altas taxas de inflação, desemprego e estagnação econômica. Durante seu reinado, o país inseria-se nitidamente no Bloco Ocidental, mantendo relacionamento privilegiado com os EUA. Em 1974, foi derrubado por um golpe militar, sendo assassinado no ano seguinte.

Inteiro Postal da Etiópia, com a efígie do Imperador Hailé Selassié I. Emitido em 01/03/1952, Hailie Selassie Cards: Designed, engraved, and typographed by Bradbury, Wilkinson & Co., England.

Em 1974, Hailé Selassié é destronado por um golpe liderado pelo general Aman Michael Andom e morre na prisão um ano depois. É proclamada a República e tem início um período de intrigas palacianas. O príncipe herdeiro do trono etíope, Asfa Wossen, filho do último imperador, Hailé Selassié, morre no exílio em 17 de janeiro, nos EUA.

A Babilônia vai cair !



O distanciamento gradativo do homem em relação ao equilíbrio dinâmico da NATUREZA, fato que vem ocorrendo há séculos em decorrência de ideologias e praticas sociais que subestimam nossa própria criação, hoje em dia encontra-se no seu limite. Uma vez ultrapassado, a conseqüência certa a ser paga é a destruição, podendo ser citados como exemplos, a ignóbil destruição da camada de ozônio essencial para a manutenção da vida e as implacáveis indústrias de alimentos que nutrem a população mundial com alimentos fabricados, ignorando desta forma 2 bilhões de anos de evolução.
O advento do capitalismo, fase mais recente da nossa história, foi um dos pontos cruciais para o surgimento deste movimento. Basta atentarmos com prudência ao contexto das desigualdades sociais, injustiças e pobreza no qual nos encontramos. Não é a toa que o sistema é denominado Babilônia, pois assim como aconteceu na Babilônia no passado, hoje somos escravos de um sistema que privilegia o lucro e o poder em detrimento a ética, moral e cultura de qualquer povo.
Com base nos ensinamentos do antigo povo hebreu, antepassados de nossa civilização atual, os rastas buscam um retorno raízes como forma de libertar da opressão. Para que isso concretize, assumimos uma postura Rastafari, filosofia baseada no principio Único do UNIVERSO o estudo das leis da NATUREZA, ou seja, a verdade sobre as coisas.
A metáfora da babilônia é importante para entender a filosofia rasta. A babilônia é o domínio do mal sobre os homens de boa vontade. Para alguns é o capitalismo. O rasta é o guerreiro anti-babilônia, que abomina os modismos, o falso-moralismo, as convenções impostas pelo sistema. Ele busca a natureza, não come carne vermelha nem ingere bebidas alcoólicas e também não usa as drogas químicas. Hoje o rastafarianismo começa a ser incorporado pelo sistema. Virou moda. Muitos o confundem com mais uma tribo urbana devota da cannabis e curtidora de reggae. É bem mais complexo que isso. O rastaman é o libertário, que reflete seu desprezo às convenções, que nega a autoridade alienante e mostra por suas próprias atitudes e postura o caminho naturalista, igualitário e, essencialmente, humano.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Bob and Wailers in Jamaica 1976

Ah! muito violento
oh, que corrida de ratos
oh, que corrida de ratos
Esta é a corrida dos ratos
Alguns para o bem, outros bastardos
Alguns mascarados
oh, que corrida de ratos, corrida de ratos
Alguns monstruosos, alguns bandidos
Alguns provocadores
nesta corrida de ratos, sim!
Corrida de ratos
Estou cantando
Quando o gato não está
os ratos dançam
A violencia politica enche a cidade
Sim!
Não envolvam os rastas nessas suas falações
Os rasta não trbalhalham para a C.I.A
Corrida de ratos, corrida de ratos, corrida de ratos
Quando pensamos que é tudo paz e segurança
Vem uma improvisa destruição. Segurança coletiva, que certeza?
Si!
Não esqueçam a vossa historia,
Conheçam o vosso destino
Quando a água abunda
O estupido morre de sede
Corrida de ratos, corrida de ratos, corrida de ratos
Oh, é uma desgraça ver a raça humana
em uma corrida de ratos, corrida de ratos.
Tem a corrida dos cavalos
Tem a corrida dos cães
Tem a corrida dos homens
Mas esta é uma corrida de ratos, corrida de ratos

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A Ganja para os Rastas

Ganja, marijuana, cannabis é uma erva medicinal milenar usada pelos Rastas, não para diversão ou prazer, mas sim para limpeza e purificação em rituais controlados. Alguns Rastas escolhem não a usar. Muitos sustentam o seu uso através de Génesis 1:29: "E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento."

O "Cálice Flamejante" também é símbolo do "Universalismo Unitário".

Eles vêem a Canabis como tendo a capacidade de permitir o usuário a penetrar na real verdade de como as coisas são com absoluta clareza.Por este motivo é que o Rastafari se reuni para fumar Canabis e discutir a verdade uns com os outros, racionalizando tudo nos mínimos detalhes que duram inúmeras seções.


Desta maneira o Rastafari acredita que a Canabis traz seu usuário próximo a Jah.
O uso da Canabis e particularmente em grandes cachimbos chamados "Cálices" é parte integral do culto que o Rastafari chama de "Seção de Arrazoamento".


O Rastafari garante que a Canabis é a "Árvore da Vida" mencionada na Bíblia.


Não se sabe desde quando o Rastafari usou pela Primeira vez a Canabis como sacramento religioso, porém é claro que desde o início dos anos quarenta do século passado o Rastafari era conhecido como culto do uso da Canabis da Comunidade de Pinacle de Leonard Howell.

Medical Marijuana

A primeira referência documental do uso da ganja se encontra na farmacopéia chinesa, trata-se do Pen Tsao, o livro da Medicina Tradicional Chinesa, escrito em 3.727 A.C. pelo Imperador chinês Shen Nung, considerado por muitos como o pai da medicina mundial. No livro se encontra, entre inúmeros usos, a indicação da Erva para o alívio das dores do parto e das cólicas de menstruação.
Podemos supor que para se chegar a esta conclusão o Imperador Médico deve ter observado o uso da Ganja em profusão. Segundo dados pré-históricos, desde o período Neolítico, há dez mil anos atrás na Ásia (China e Índia), registra o uso do Cânhamo em trabalho de tapeçaria e cestaria. É registrado que os povos que substituíram o junco e outras fibras pela Canabis, tiveram um forte desenvolvimento em relação a outros grupos.
Existem registros de que na Península Ibérica, final do período Neolítico, a manufatura de cestos com fibra de Canabis, foi aperfeiçoada ao ponto de se tornar tecido que posteriormente foram convertidos em sacos, cordas, roupas e calçados, dando condições de criação para os primeiros assentamentos, que põe fim a era de nomadismo da raça humana.
Os povos nômades, por sua vez, aumentaram sua capacidade de movimentação quando domesticaram os cavalos. Ação que se incrementou com as cordas e arreios que eram feitos de Cânhamo, assim como as roupas e caçados. A mobilidade e a necessidade fizeram com que a medida em que avançavam pelo Oriente, levavam com eles o cultivo da Canabis, até os confins da Índia e China.
Os historiadores de medicina afirmam que em 1.500 A.C. a Tradicional Medicina Chinesa estava tão avançada em relação aos seus vizinhos indianos, que além da Ganja eles já conheciam a Anfetamina, Efedrina e já distinguiam a diferença entre a epatite A e B. O uso médico da Ganja passa para a Índia onde o cultivo é milenar, encontrando referência na Ayur-Veda (Aiurvética) e outras antiqüíssimas tradições.

As Cerimônias Ras Tafari

São duas as principais, grounation e nyabinghi.

Nyabinghi é a música tocada nas reuniões rastas, que incluem o som de pelo menos três instrumentos de percussão, canto, dança, uso espiritual da ganja e louvor a Jah Rastafari. Os instrumentos de percussão têm um valor simbólico para os rastas. Eles simbolizam as origens, e de uma certa maneira, a própria África (ao lado, um elder toca seu instrumento de percussão). Muitos consideram que os tambores são a voz de Jah.

Durante muito tempo, os rastas dançaram nyabinghi contra inimigos específicos, afim de evocar a força de Jah para destruí-los. Atualmente, a dança é utilizada para celebrar datas especiais, como a coroação de Sua Majestade Imperial (2 de novembro), o aniversário de Selassie (23 de julho), o fim da escravidão (primeiro de agosto), e o aniversário de Marcus Garvey (17 de agosto).

Todos os anos, no mês de agosto, os rastas comemoram a visita de Haile Selassie I à Jamaica, ocorrida em 25 de abril de 1966. As comemorações começam por volta do dia 21, e recebem o nome de Grounation Day.

Grounation significa "a afirmação da vida sobre a terra". Durante vários dias, os rastas se reunem em acampamentos, onde meditam, utilizam a erva, executam cantos nyabinghi e louvam a Jah. Nestas reuniões, as crianças são deixadas livres para irem onde quiserem. Se elas precisarem de qualquer coisa, o rasta mais próximo irá atendê-las e ajudá-las com o mesmo amor com que elas seriam tratadas por seus pais naturais.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

I and I

A "conversa Rasta" a forma ritual de se falar , praticada em diferentes graus no movimento , é especialmente proeminente entre os aderentes da Ordem Nyahbinghi. Considerando o movimento messiânico e também milenar Ras Tafari I encaixe-se na discriminação "anti sociedade" , "uma sociedade estabelecida dentro de outra sociedade" como uma alternativa consciente. É um modo de resistência ao mercado ainda "escravista" da moderna babilonia. A fala Ras Tafari como uma "anti-lingua não é somente paralela a sociedade , é de fato gerada por ela". A anti-lingua cresce quando á realidade alternativa é uma realidade contrariada, estabelecida em oposição a realidade subjetiva , não meramente expressando isso, mais ativamente criando e mantendo essa outra forma de expressão , que nada mais é que uma ação coletiva.
"I and I" (Eu e Eu) é usado seja onde um pronome aparecer no discurso; substitui ‘você e eu’. O uso obliquo do pronome expressa a igualdade presumida entre os Rastas. "I and I" significa a identidade comum dos oradores como filhos de Haile Selassie I. Os nomes proferidos pelos Rastas exemplificam a associação do homem e Deus. A enunciação de "I"(eu) quando pronunciado "Jah Ras Tafari I" ou "Haile I SelassieI" conecta a intenção pessoal com a vibração divina.
Alem disso, a linguagem (I – ance, parlance) Ras Tafari I envolve o remodelamento e ocultamento de itens lexicais para encontrar sua necessidade. Uma técnica comum é conotar um símbolo, incrementado o significado da palavra; por exemplo, transformando "opressores" em "depressores"(opressers= downpressers), "políticos" em "politruques" (politics = politricks), "entendimento" em "sobreentendimento" (understand = overstand). O uso de algumas palavras pelos Rastas que viviam nas colinas da Jamaica davam significado à visão que eles tinham dos urbanos; por exemplo "city" (cidade) = "shity"(merda) ou também para designar o modelo social – "system" (sistema) = "shitstem" (sistema de merda), "situation" (situação) = "shituation" (situação de merda). Quando a falta de cultura, no cunho educacional – "education"(educação)= "head-decay-shun" (cabeça- decadente- afastada) e principalmente a valorização de personagens europeus históricos, ligados à igreja católica e que faziam comercio de escravos negros – "Christopher Colombus" (Cristovão Colombo)- "Christ-Come – To- Rob – Us"(Cristo veio nos roubar) fez com que milhares de palavras viessem a surgir no vocabulário denominado de Patois.
Este vasto vocabulário tem a intenção de definir o mundo no qual o Rasta vive, tanto o sistema econômico, religioso e politico como também a aspiração espiritual. Todas as palavras que tem pronome "I" referem-se exclusivamente aos valores ou rituais que os Rastas davam importância ; por exemplo, "I-shence" = "icense (incenso), (maconha) "I-ses" = "praises"(orações) , "I- ration" = "Creation" (criação), "Ithiopia" = "Ethiopia" (Etiópia) . "I-wah" = "power"(poder) "I-tes"= "thoughts" (pensamentos).
A compreensão da redenção africana é similarmente conotada pelo conceito de "Eu" . "For I" ou "Far Eye" (Para Eu ou Olho que Enxerga Longe) usados em Rastafari I são termos para denominar a visão mística. A experiência visionaria é interna, parte pelo processo de conversação, e ultimamente pela noção visionaria que rendenção é igual a repatriação ; a visão da Africa concorda com a expectativa da salvação.

Eu & Eu

“Quem é você ? não há nenhum você. Há somente Eu, Eu e Eu. Eu é você, Eu é Deus, Deus é Eu. Deus é você mas não há nenhum você, porque você é Eu, então Eu e Eu é Deus. Nós somos todos cada um e um com Deus porque é a mesma energia de Vida que flui em todos nós”.

O início em Kingston

Antes mesmo da explosão da guerra Ítalo- Etíope em 1935, uma fotografia de Haile Selassie I , em veste de guerreiro em Amhara, circulou pelas favelas de Kingston juntamente com um artigo do Jornal Times no dia 7 de dezembro. De acordo com a reportagem, originalmente atribuída a um agente da propaganda fascista italiana, o Imperador Selassie era o mentor da Ordem Nyahbinghi. Essa ordem era internacionalmente reconhecida como uma sociedade africana secreta dedicada a derrubar a dominação branca e colonial. O nome Nyahbinghi significava “morte aos europeus”.
Na Jamaica , os primeiros aderentes da fé Ras Tafari I tornaram esse artigo quase como a um chamado e procuraram alinhar-se espiritualmente ao Imperador Selassie, participando efetivamente da Ordem Nyahbinghi. A palavra Nyahbinghi foi rapidamente adaptada ao vocabulário Rasta como protesto racial, e tornou-se a significar ‘morte aos opressores negros e brancos’.
Muitas comunidades Rastas começaram a identificaram-se como Nyahs, e na sordidez de West Kingston, uma militância do novo movimento começou a se desenvolver. Em 1960, a Universidade de West Indies patrocinou uma reportagem sobre o movimento Ras Tafari I e sua relação com a sociedade jamaicana em geral. Tal reportagem foi o resultado de um pedido pôr parte da comunidade Rasta que queixava-se da perseguição policial e da desinformação pública. Até então Jamaica, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a maioria era (e ainda é) cristã, enquanto que os Rastas eram vistos sem qualquer status social, até porque a sua maioria vivia em condições paupérrimas.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

TAMBORES

Ao som dos tambores, canta-se e dança-se em homenagem aos antepassados, porque no tempo da escravidão, era o som dos tambores que levava os mais velhos de volta a sua terra. É também ao som desses tambores, e louvando os ancestrais, que se brinda a uma nova família que se forma, a uma nova vida que nasce, à memória de um ente querido que se vai.

A BATIDA DO CORAÇÃO

"Nyahbinghi representa VIDA. Princípio sem fim. Representa o retorno à vivência original, a resistência a toda a opressão e dominação, a tudo que nos desvia do caminho da Verdade. A maior representação da Vida é a batida do coração. Nas celebrações Rastafaris os tambores africanos representam através de seus toques a batida do coração-Vida-Nyahbinghi."

De acordo comum relato de um observador do movimento em 1953 havia uma falta acentuada na batida dos tambores nos primeiros encontros de rua dos Rastas. Nesses encontros, hinos de ressuscitação dos cultos afro-cristãos conhecidos como pocomania e Sião foram adaptados para o desenvolvimento da liturgia Jesus Cristo em todos os textos das canções. Hinos Garveyistas e até o Hino Nacional Etíope Nyahbinghi eram cantados. Naquele tempo o antagonismo entre os grupos Rastas e os Revivalistas cresceu, buru foi naquela época a musica Rastafari, inspirando seus tambores . Buru foi naquela época a música mais popular derivada da seculariedade africana em Kingston. Apesar da clara derivação da batida Nyahbinghi, da base, do fundo e do marcador dos três tambores Burus, as duas tradições tem ritmos basais distintos. Todavia, ambos estilos tem antecedentes históricos diretos na tradição musical do oeste e do centro da África. Ambos têm uma organização rítmicas baseada na intercalação das batidas tocadas em vários tambores.A musica Nyahbinghi é um compaço retirado do passado Africano, mas a distancia é musicalmente evidente ate pelos toques improvisados do lider e marcador. A batida Nyahbinghi , com mensagens da Redenção Negra, tem sido incorporadas dentro do reggae. Essas conções populares de libertação são ouvidas hoje mundialmente , dos sound systems de rua de Kingston ate os shebeens do soweto , na Africa do Sul.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A CULTURA NYAHBINGHI

Os Nyah eram publicamente identificados por seus longos cabelos, os Dreadlocks, e pelo uso sagrado , mas desafiador e anti-social da maconha (ganja). Os Nyahbinghis dentro do movimento Ras Tafari I atual é um longo termo que em adição a seu significada original tambem cobre outros importantes aspectos da vida cultural, incluindo:
A Ordem Nyahbinghi , uma seção dentro do movimento Ras Tafari I em geral, também reconhece o Governo Teocrático de Haile Selassie I. Os membros da primeira geração Nyah fazem parte da formação do movimento Rasta.
Os rituais de culto e adoração são patrocinados por membros da comunidade . As cerimônias Nyahbinghis são festejadas regularmente em varias datas em toda a ilha da Jamaica. Comemorações anuais incluem o aniversario do Imperador Haile Selassie I (23 de julho), a data da coroação do Imperador (2 de novembro) e o aniversario de visita do Imperador a Jamaica em 1966 (21 de abril). Os Nyahbinghis também realizam Assembléias ou “Congregações” que são consideradas como “serviços divinos”
A musica com os tambores , a dança e as palavras fazem parte da celebração e do culto e tambem são denominadas de Nyahbinghi. Como parte da ressureição dada batida africana, a musica Nyahbinghi ou Heart Beat (batidas do Coração) está ligada às harpas do Rei Davi, usadas para compor os salmos reais do Velho testamento.
As congregações Nyahbinghi usualmente duram de três a sete dias, tempo para a comunidade se reunir e revitalizar a fé Ras Tafari através de atividades como por exemplo tocar tambores, cantar orações , ler trechos da bíblia , fumar maconha e dançar. No centro da celebração Nyahbinghi está o Tabernáculo onde acontece o ritual. Com as cores da bandeira da Etiópia (verde ouro e vermelho), os Nyahs chamam a Israel seu destino providencial – “África, sim! Jamaica, não!” “Jah chama os cantores e tocadores de instrumentos”, “Repatriação agora!”.
O tabernáculo Nyahbinghi é a sala circular do trono do arco- íris (representado pelas cores da bandeira da Etiópia), o poder sagrado do solo de onde emana o terremoto, a luz, o trovão, o fogo e o enxofre do Armagedon. O “chalice”( cálice , cachimbo Rasta) Passa de mão em mão em volta do altar , ativando ritualisticamente os símbolos do calor, ar e agua, as forças primais da criação. Atraves da Palavra, Som & Poder (Word, Sound & Iwah) a fé está unida com a cabeça Criadora (Ras Tafari) num tipo de telepatia mística, que tem o intuito de cantar a queda da babilonia , para livrar a Terra da perversidade e restaurar a ordem natural da Criação e seu estado original de perfeição. Fora do Tabernáculo fica uma grande fogueira onde um Homem de fogo permanece em vigília para manter as chamas da justiça e do julgamento acesas até a hora da repatriação chegar.

As cores do reggae

Um dos símbolos mais obvios dos Rastafari são as cores. Estas são o vermelho, preto, verde e amarelo. Estas cores foram retiradas do movimento de Marcus Garvey.

A cor vermelha, simboliza a triunfante igreja dos Rastafari, representando também o sangue dos mártires que existem na história dos rastas.

O preto, representa a cor dos africanos, dos quais descendem 98% dos Jamaicanos.

O verde, representa a beleza da vegetação da Etiópia e da terra prometida.

O amarelo é usado para simbolizar a abundância da sua terra natal.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Estrela de Davi

Segundo o Judaísmo, na árvore da vida, o hexágono localiza-se nas esferas de Chessed, Gevurah, Tifered, Hod, Netzach e Yesod que significam: Amor, Força, Beleza, Vitória, Esplendor e Fundação. Qualidades que o Rei David expressou muito bem em sua vida. Como são seis características, seis é o número de pontas da estrela.

Uma outra explicação possível é que, como são seis pontas, a estrela possui 12 lados, representando as 12 tribos de Israel durante sua jornada de 40 anos no deserto, após sua saída do Egito em direção à Terra de Israel, a terra prometida.

Alguns antigos acreditavam que a estrela representava a santíssima trindade ou o Deus Triuno e os homens em suas três partes: corpo, alma e espírito. O triângulo voltado para terra, representa o poder de Deus sobre os homens e outro triângulo voltado pra cima representa os homens que buscam se aproximar de Deus nas alturas.
“O rastafari é um revolucionário.
Não se intimida, não aceita ser comprado.
Ele luta sozinho com sua música.”

“Os homens pensam que possuem uma mente, mas é a mente que os possui.”
“Há pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar.”
Robert Nesta Marley

Alimento Rasta

Alimentação
I-TAL

Comida Ital (comida vital e total) é o alimento Rastafariano e é o que Jah ordenou que fosse. "Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será por vós abominação", "Melhor é a comida de ervas, onde há amor, do que o boi cevado, e com ele o ódio". É a comida que nunca tocou em químicos e é natural e não vem em latas. Quanto menos cozinhados, melhor, sem sais, preservativos ou condimentos, pois assim possui maior quantidade de vitaminas, proteínas e força vital. Os Rastas são portanto, vegetarianos. As bebidas são, preferencialmente, herbais, como os chás. O licor, leite ou café são vistos como pouco saudáveis.
Receitas:
Salada com Broto de Alfafa
Ingredientes:
100 g de Broto de Alfafa
1 cenoura ralada
100 g de alface ou repolho picadinho
Modo de fazer
Tempere tudo com molho tártaro, shoyo ou limão a gosto.
New Sausalito
Ingredientes:
Abacaxi
Cenoura
Maça
Passas
Alface crespa e americana
Molho de iogurte com hortelã
castanha do caju
Salada de grão-de-bico
Ingredientes:
2 xícaras de grão de bico
250 g de vagens cozidas
1 pepino pequeno
1 pimentão vermelho
4 colheres (sopa) de azeite
2 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto
2 colheres (chá) de açucar
1 e 1/4 de colher (chá) de sal
1/4 de colher (chá) de orégano
Modo de fazer
Deixe o grão de bico de molho na véspera. Cozinhe o grão de bico na água em que ficou de molho, em panela de pressão, aproximadamente 20 minutos - até ficar macio, mas sem desmanchar. Escorra e deixe esfriar. Cozinhe as vagens e escorra-as. Corte o pepino ao meio, no senido do comprimento, e, depois, cada metade em fatias finas. Numa tijela grande, misture as vagens, o pepino e os ingredientes restantes. Tampe e refrigere por cerca de duas horas, para acentuar o tempero, mexendo de vez em quando. Sirva