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terça-feira, 18 de maio de 2010
Eterno Marley
Não foi só um músico, pois tinha atitude de revolucionario e uma visão de mundo como um Rei. Para entender por que influenciou corações e mentes de jovens do mundo, nos últimos 20 anos é preciso escutar suas músicas, mas é necessário chegar mais perto para ver debaixo dos dreadlocks.
Após seu nascimento em 06 de fevereiro de 1945 no vilarejo de Nine Miles, Na jamaica, Robert Nesta Marley foi criado pela mãe Cedella Marley e pelo avô materno, um myalman (curandeiro que afasta todos os maus). Seu Pai era um oficial da marinha inglesa que não assumiu e sumiu, Bob nunca fez questão de conhecê-lo. Robert gostava de cantar e vivia pregando peça como a maioria das crianças, com 8 anos, sua mãe se casou com Toddy Livingstone que era pai de Bunny Livingstone, importantíssimo na sua carreira, e mudaram para Kingston, em TrenchTown, o maior gueto da capital Jamaicana.
Cedella fez de tudo para dar a melhor educação possível ao pequeno Marley, e colocou o filho para estudar em uma das melhores escolas particulares de Kingston. Bob ocupava seu tempo livre com suas 2 paixões, o futebol e a música, criando de maneira peculiar, sucessos do rhythm´n´blues americano. Aos 14 anos, como todo menino do gueto começa a trabalhar como aprendiz de soldador para ajudar no orçamento da família.
O destino, então, o colocou de frente com o chinês Leslie Kong, empresário que estava investindo pesado em talentos locais e com 14 anos, Bob Marley gravou seu primeiro disco "Judge Not". Aos 16 anos Bob monta o Wailing Wailers junto com Bunny Livingstone (Bunny Wailer) e seu vizinho e amigo Winston Hubbert McIntosh(Peter Tosh). Eles seguiam tendências do Ska e do rhythm´n´blues americano e assim o grupo teve seu primeiro sucesso Simmer Down que se tornou o Hino dos moradores de TrenchTown e aos 21 anos bob se casa com Rita, vocalista do The Soulettes.
Apesar do sucesso a vida na Jamaica não estava fácil e Bob foi morar nos Estados Unidos no estado da Filadélfia onde sua mãe já estava morando, e começou a trabalhar em uma madereira, mas após 7 meses ele volta a Jamaica com os 700 dólares que trouxe dos Estados Unidos, abriu uma loja de discos e voltou a cantar com os The Wailers. A ilha que encontra está diferente e vive sob o impacto da filosofia rastafari que pregava a volta de todos os negros à África e a negação de todos os prazeres da Babilônia, graças a visita de Ras Tafari Makonnen, em 1930 se tornou o primeiro imperador negro da África no pais da Etiópia, adotando o nome de Hailé Salassié e o título de "Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão conquistador da Tribo de Judá".
Salassié descendia do rei Salomão (filho de Davi) com a rainha de Sabá. Essa família, gerou nada menos que JESUS. Os rastas vêem Salassié como o novo Messias.
A partir dessa visita e da conversão de Bob Marley ao rastafarianismo ele e todos os que acreditavam em Salassié começam a deixar os DreadLocks crescerem e Bob viria ser a principal referência rastafari. Sua eterna crença no imperador da Etiópia o transformou no maior símbolo da pregação rasta! Em 1976 Hailé Salassié é assassinado por seus próprios soldados, abalado com a morte do profeta Bob Marley compõe e lança em poucas horas o single "Jah Live" sucesso absoluto na ilha. Em meio a esse clima Bob lança também Rastaman Vibrations e o super sucesso "War"(discurso de Hailé Salassié na ONU)que Bob transforma em musica.
O sucesso deu-lhe fama e fortuna, mas suas opiniões não mudaram e ficaram ainda mais direcionadas. Juntando influências, Bob Marley foi construindo uma visão de mundo própria. Escutava a esquerda, os negros americanos e os rastas mais velhos. Às vezes suas opiniões soam maniqueístas, ao falar das relações entre a elite de seu país e os miseráveis. “Os ricos são assaltantes, ladrões puros. Os inteligentes e inocentes são pobres e são esmagados e brutalizados” dizia o cantor. Justo ele, que havia virado um milionário e vivia numa mansão comprada pela gravadora Island na área mais nobre de Kingston. O primeiro-ministro morava na rua de cima.
A Island House, como a casa ficou conhecida, foi a meca do reggae durante quase uma década. Não bastasse servir de moradia para o maior nome do gênero, ainda reunia uma legião de amigos e músicos que gravitavam ao redor de Bob. Bunny “Wailer” vivia lá. Peter Tosh aparecia às vezes. Quando estava na Jamaica, Blackwell acampava na casa da rua Hope. Inicialmente, os rastas mais antigos torceram o nariz para tanto luxo. Logo também eles começaram a passar horas, às vezes dias, no local, dividindo os jardins com algumas das mulheres mais bonitas da cidade. “Era uma comuna hippie não-dogmática, com abundância de comida, erva, crianças, música e sexo informal” Timothy White em Queimando Tudo, a mais completa biografia do cantor.
Bob era capaz de conciliar a vida rastafári numa mansão tão bem quanto encarava a presença de suas amantes sob o mesmo teto que Rita Marley. O que ele queria mesmo era estar perto de Jah – cantar, usar ganja e se aproximar da natureza. Bob tornara-se um fervoroso rastafári.
Em uma visita à Europa Bob Marley é apresentado ao filho do imperador Salassié, o príncipe Asfa Wossen Bob é presenteado com o anel do imperador, feito com pedaços que pertenciam ao místico anel do rei Salomão.
Ainda na Europa Bob machuca o pé em uma partida de futebol, o ferimento se transforma em uma perigosa infecção e os médicos sugerem a Bob a amputação do dedo infeccionado. Bob alega motivos para não se submeter a cirurgia e a infecção progride e toma forma de um câncer que se alastra por todo o corpo do cantor.
Em 1980 Bob desmaia durante uma corrida no Central Park e percebe que O câncer se alastrou para o celebro, pulmões e fígado. Bob se enterna na clinica do Dr. Josef Issels, na Áustria para um tratamento com bases naturalistas mas sem resultados Bob volta à Miami e sem os DreadLocks, perdidos durante várias sessões de quimioterapia ele morre no dia 11 de maio de 1981. Aos 36 anos, Bob é cremado ao lado de um pote de Ganja e do Kebra Nagast(The Glory of Kings). Suas cinzas repousam em St. Ann onde ele nasceu.
Nesse mês de maio completam 29 anos sem o Marley em corpo, porque sua filosofia está mais viva que nunca em todo o mundo! Eterno Marley Ras Tafari
sábado, 15 de maio de 2010
The Congos
Cedric Myton nasceu na pequena ilha da Jamaica. Desde muito cedo, já sabia o caminho que iria seguir na vida - a música. Aos dezesseis anos de idade gravou a primeira canção com o grupo The Tartans, "Dance All Night" onde chegou ao número um nas paradas da música Jamaicana. Em 1975 Cedric e Lincoln Thompson formaram o mediático grupo Royal Rasses, o som "Humanity" e o consequente single com o mesmo nome, ainda é relembrado como uma das mais consagradas canções da história da música. Um ano depois formou um dos grupos Roots mais aclamados de todos os tempos - The Congos.
Eram constituídos na formação original por, Cedric Myton, Watty Burnett Lindberg "Preps" Lewis e Roydel Johnson. Em colaboração com o gênio, Lee "Scratch" Perry que saiu em 1977 o LP "Heart Of The Congos", um disco simplesmente brilhante a todos os níveis e um dos discos mais bem conceituados da história da música. Um ano depois, Roydell Johnson deixou o grupo. "Congo Ashanti", segundo disco do grupo, foi promovido extensivamente na Europa pela gravadora CBS (Francesa). The Congos e Toots & The Maytals surgiram juntos no filme "Image Of Àfrica. Nesse mesmo ano sairia o terceiro registo do grupo, alusivo ao filme. "Face The Music" saiu em 1981, o projeto mais sólido do grupo depois de "Heart Of The Congos", bem harmonizado, solenememte tocado, mais um clássico.
Ao longo da segunda metade da década de oitenta e ainda hoje, este grupo atua regularmente nos Estados Unidos. "Natty Dread Rise Again" pela RAS Records, marcou o regresso do grupo depois de quinze anos afastados dos estúdios. Nesse mesmo ano a gravadora britânica, Blood & Fire, brindou os fãs do The Congos de todo o mundo, com o relançamento em dois cd´s, de "Heart Of The Congos", para além da excelente qualidade de som, ainda lhe acrescentou quatro bônus, "Row Fisherman Row" e "Congoman", versões 12’ single, cedidas pela Island Records e duas versões Dub. Dois anos depois surgiu "Reggae Revival" para a VP Records, um projeto que marcou uma nova etapa na longa história da banda.
Foram (re)lançados em cd pelo mesmo selo a maior parte do catálogo do grupo. No ano passado foi lançado o primeiro registro ao vivo com a A-Team band, e este ano "Lion Treasure", uma retrospectiva da exímia longa jornada deste grupo musical jamaicano. Paralelamente, Cedric Myton trabalhou ao longo destes anos com os grupos English Beat, General Public e os bem conhecidos Fine Young Cannibals.
Fisherman
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Reggae na Praia Hoje!!!
Hoje dia 14/05/2010, às 22 horas terá um show de reggae com a banda noção rasta e comandando o som o DJ Rodney Souldier no Quiosque Progresso Raiz n.52 na Praia da Reserva do Rio de Janeiro. (logo após do Barril 8000)
Os organizadores informam que o show ocorrerá somente com o tempo bom!!
Fundada no Grajaú ou Grajamaica devido a forte influência do reggae na região, com nova formação desde novembro de 2005. Atualmente podemos dizer que a banda pertence à zona norte do Rio de Janeiro pois seus integrantes moram ou foram criados em bairros pertencentes a esta região (Grajamaica, Vila Isabel, Tijuca e Lins). Suas influências são variadas e vêm da mpb de Chico, Vinicius e Tom, sem esquecer da força e pulsação de Tim Maia e Jorge Ben, passando pelo rock de Raul Seixas, mutantes, Beatles e Led Zeppelin, até chegar ao reggae de Bob Marley, Peter Tosh, Burning Spear, Lee Perry entre outros, isto sem falar dos mantras, canções indianas e ritmos africanos.
sábado, 8 de maio de 2010
Novo CD do Ponto de Equilíbrio
A banda carioca de reggae Ponto de Equilíbrio lança em maio de 2010 o disco "Dia Após Dia Lutando".
A arte do álbum foi concebida pela dupla paulistana de grafiteiros os gemeos. O CD tem as participações internacionais da banda jamaicana The Congos e do também jamaicano Dom Carlos e nacionais do Marcelo D2 e Jorge Du Peixe. Confiram abaixo!
Jah Bless
Novo dia
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